4 de junho de 2010

Barcelona do Nordeste

Também conhecido como Baêa.
Não tenho a intenção de provocar a torcida do Vitória, até porque só pode comentar este artigo quem já foi campeão do Brasileirão ou pelo menos da Copa do Brasil.
Minha verdadeira intenção é mostrar um pouco da nação tricolor, acho que não existe na face da terra, uma torcida mais apaixonada e Brow. É povão mesmo e eu adoro isso.
Para saber se uma criança será torcedora do Bahia deve-se esperar até os três anos de idade, fase em que aprende os palavrões. Se o primeiro xingamento for Pôa, pode comprar o manto sagrado, que na seqüência você ouvirá: Bola Baêa minha Pôa.
Meu primeiro palavrão foi Porra, aprendi com uns vizinhos. Adorei a sonoridade, falava o dia todo, até que minha mãe me levou para visitar uma tia velhinha do meu avô e me mandou pedir a benção, como nunca gostei de fazer nada forçado me recusei, Mamy insistiu e daí eu já injuriada falei para a vovozinha: Bencha chua Pôa. Apesar da pouca idade me lembro como se fosse hoje do peso da mão da minha mãe nas minhas raquíticas costas. Depois disso, fiquei anos sem falar Porra e procurei outros times para torcer e até hoje, depois que xingo esta relaxante palavra, olho em volta para ver se Mamy não me atacará por trás novamente.
Voltando a falar sobre o Barcelona do Nordeste, que está num ótimo momento, vale ressaltar que para que o Bahia esteja num ótimo momento, o Vitorinha tem que estar no momento difícil. Fui conferir o time jogando em Pituaçu e adorei o jeito que a torcida motiva o time a jogar cada dia melhor. Ouvi pérolas como: Joga direito seu Sacizeiro da Disgraça! Esta maconha vai lhe matar Avini! Chuta forte que não é a sua mãe no Gol seu Porra! Vai Misera!
Confesso que não sei se os jogadores estão jogando bem por amor a camisa ou por medo da torcida. Mas sei que foi muito legal ir ao Estádio prestigiar o futebol baiano e me misturar ainda mais. Segue imagens deste dia incomum para o Mundo de Moca:







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