13 de agosto de 2011

Brincadeira do Disco: Muito mais que perigosa


Os traumas sofridos na infância me transformaram numa adolescente maquiavélica e destemida. Não me lembro como a brincadeira começou, mas sei que me tornei famosa na minha Caeticity por rodar o Disco ao contrário e acabar com o sono de muitas pessoas.
Nas tardes de sol da cidade, minha casa era o point do terror, crianças apavoradas com as mensagens diabólicas dos discos de Xuxa, Raul Seixas e Cazuza. A tradução e interpretação do que era ouvido nos discos ficava por conta da minha imaginação fértil.

- Raios, raios.
- Você vai morrer de sexo
- Você é meu...

Aquela voz grossa entrava por nossos ouvidos, era uma gritaria só!! Gostava de ver o pânico no rosto da galera. O problema era quando a turma ia embora e eu ficava lá, sozinha, com a vitrola,os discos de vinil e o meu medo íntimo. Nem minha irmã se aproximava mais. Pobrecita! Lembro bem do dia que a tranquei comigo no quarto, acendi uma vela e tentei invocar o espírito de Daniela Perez, da qual eu era super fã e tinha acabado de ser assassinada.

Irmã, obrigada por ainda falar comigo e por me amar!

3 comentários:

  1. Morro de medo, mas adoro essas histórias. O que era que vc ouvia mesmo? Coitada de sua irmã...

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  2. Lembra da turma rodando a correntinha no DRummond? Kaira desmaiou...rsssss...Foi Bapho!

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  3. Você é o Ó Moca... eu lembro que nem passava pelo quarto, eu dava a volta pela garagem pra ir do meu quarto para o quarto da minha mãe!!! Afeee...

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