6 de abril de 2010

Mantenha Distância

Como boa libriana com ascendente em libra, sou muito atenciosa e sempre me preocupo com o bem-estar das pessoas. Porém, não sou muito boa com enfermos. Quando alguém me diz que está com dor de cabeça, disparo a conversar, fazer graça, na intenção de distrair a pessoa, mas percebo pela cara que a técnica não funciona muito.
Há alguns anos uma amiga foi atropelada por um palio lilás, que ninguem anotou a placa, na Pituba quando atravessava na faixa de pedestre com o sinal fechado, resultado, ficou dois meses deitada numa cama, se inclinando apenas para comer e receber visitas.
Lá fui eu prestar minha solidariedade, a mãe dela a inclinou na cama e saiu do quarto nos deixando a sós. Como tinha muito tempo que não nos viamos, eu estava cheia de novidades engraçadas, adorei quando ela disse que o namorado estava tentando descobrir quem era o responsável pelo acidente, o cara já estava neurótico e não podia ver um Palio Lilás que ia analisar. Rimos muito, até demais, eu mais que ela, achava engraçado o movimento que a cabeça dela fazia, mole. Ela já vermelha de tanto rir e com um olhar alegre e desesperado, entre uma gargalhada e outra, respirou fundo e gritou comigo: Chama a minha mãe logo. Foi aí que percebi que ela estava sufocando por causa da posição e chamei a mãe dela, que chamou o pai e a irmã e foi um pânico. Enfim, eu quase matei minha amiga de rir. Literalmente.
Essa experiência não me serviu de lição, anos depois fui visitar uma amiga no hospital que tinha retirado um cisto da buzanfa, a pobrezinha tinha tido febre alta durante a noite e sua boca estava toda partida, mal conversava. Lá fui eu contar as novidades, queria muito alegrar aquele ambiente e até consegui por alguns instantes. Foi ai que minha amiga começou a chorar porque quando ela ria a boca partia mais. só que ela não parou mais de rir, a boca de partir e as lágrimas de rolar. Foi aí que o pior aconteceu, minha amiga me pegou pelo braço e disse: Eu vou mijar nas calças, chama a enfermeira. Incrível como nunca achamos essas danadas quando precisamos. Voltei pro quarto e disse que não tinha achado, daí ela pediu para eu levá-la ao banheiro e eu disse que ela não podia se levantar e ela disse que precisava mijar, eu insisti para ela se acalmar, só que não adiantou, ela se levantou e eu a acompanhei até o banheiro. Ela andando feito uma pata, super engraçado e sem parar de rir. Na volta para a cama, graças ao modelito que tapa na frente e deixa aberto atrás (alguém me explica essa roupinha de paciente), percebi que o curativo estava sangrando. Acreditem, além de contribuir para partir a boca da coitada, eu ainda ajudei a romper os pontos da cirurgia.
Por isso, quando estiverem doentes, mantenham distância.

3 comentários:

  1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk é só de ler as histórias me raxei de rir, imagine... asuhauishuiashs comédia mocreinha!
    :*

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  2. Ministério da Saúde adverte:
    MOCA -
    Usem com moderação!!


    amoo!!
    jooo

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