26 de abril de 2010

Mentirinhas do Bem

Adoro contar uma mentirinha de vez em sempre. Inventar histórias, pregar peças. Já até pesquisei na internet sobre a mitomania, que é a doença dos mentirosos compulsivos e vi que não me enquadro, pois minhas mentiras são do bem, apesar de, no meu caso, terem pernas compridas. O problema todo é que esqueço de desmentir.
Uma vez um amigo músico me pediu para levar o saxofone dele pra casa e os moradores novos me perguntaram se era meu e eu disse que sim, e que tocava em barzinhos da cidade. Depois de uns seis meses, um deles comentou que eu nunca mais tinha tocado, tocado o que? Eu não toco nada. Imagina a cara dele!
Teve uma vez que inventei para uma colega que ela tinha um vizinho apaixonado por ela e que ficava vendo-a andando de calcinha pela janela e que ele disse que se ela não fosse dele não seria de mais ninguém. Foi terrível, ela contou para uma amiga que não era minha amiga e que veio saber detalhes desta estória, dizendo que era perigoso e que tinhamos que contar a polícia. Agora imaginem a minha cara tendo que desmentir!
A pior de todas aconteceu com meu amorzinho. Estavamos discutindo alguma coisa que não me lembro e meu poder de convencimento não estava funcionando, daí o jeito foi lançar uma mentirinha boba: disse que eu tinha estudado até o terceiro ano de psicologia e que sabia muito bem do que estava falando, foi o suficiente para convencer o ser a concordar comigo, pena eu ter esquecido de desmentir. Love ficou se achando por namorar uma quase psicologa, que largou a faculdade para se especializar em marketing Contou para família toda, até minha sogra me pedia conselhos. O fato é que adoro inventar que sou psicológa, dar conselhos, questionar, ouvir os desabafos.
Numa fatídica manhã de domingo, estava com vários amigos de Love e para ser simpática estava alegrando o grupo com a resenha da festa da noite anterior, onde dizendo ser psicóloga, dei conselhos a uma nativa de Santo Amaro a beijar um menino na frente do ex e por isso a roda abriu e o pau fechou, foi Dona Canô prum lado, Betânia pro outro, Jorge Portugal tentando apartar a briga, foi tapa, garrafada e zunhada, saimos fugidos da festa e a noite da turma acabou mais cedo. Foi ai que uma amiga de Love, que não estava na festa fez a pergunta que quase acabou com meu relacionamento, que na época tinha 1 ano e 3 meses: Você é psicológa mesmo? Antes que eu pudesse responder, Love tomou a palavra e falou que eu não era formada, mas tinha estudado 3 anos, sabia muito sobre o assunto e que era melhor que muita terapeuta com Diploma, não é amor?! Hã?! Como?! Eu esqueci de desmentir foi?
Imaginem a cara de decepção misturada com surpresa e desgosto, só fui perdoada porque 2 horas depois dei o maior fora da minha vida com a Dona da Casa, que eu tinha acabado de conhecer, mas ai é outro caso.

2 comentários:

  1. Hahahahaha...foi mesmo uma surpresa para mim descobrir que não estava namorando com uma quase psicóloga!!!!!De qualquer forma isso jamais terminaria o nosso relacionamento, afinal de contas as suas mentiras realmente são todas do bem e eu sou fã da minha Barbie Pretinha que amo! Mas, uma coisa é certa...no fundo ela sabe!!!!...hahahahaha

    Beijos

    Love

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  2. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... vc é péssima moca!!!!
    hsuishusihsuish

    ATPM

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