7 de abril de 2010

Troca de família

Quando eu tinha nove anos decidi que queria ter um cachorrinho, afinal minha irmã já estava com 7 anos e já não dava mais para eu fazer maldades, minha maninha sofreu com a minha criatividade, mas isso é estória para outro post.
Descobri que a cachorra de uma senhora da cidade tinha parido vários cachorrinhos. Contei para uma coleguinha da escola e fomos juntas escolher nossos filhinhos. Chegando lá ficamos sabendo que só tinha restado duas fêmeas, que seria uma minha e uma da minha coleguinha. Saí feliz com meu bebê nos braços. A recepção em casa não foi calorosa, minha mãe fez um auê por causa da pequenina, mas meu pai que sempre me apoiou em tudo convenceu Mamy a aceitá-la e ainda batizou minha cachorrinha de Lobinha, ela era descendente do cruzamento da extinta raça pequinês com alguma outra coisa legal, resumindo era bonitinha e brava.
Eu e minha amiga tinhamos o costume de passear com as cachorras em caixinhas de sapatos colocadas nos carrinhos das mochilas, um sucesso na cidade.
Um semana depois da adoção minha colega levou a irmãzinha de Lobinha para visitá-la em minha casa, foi uma festa: eu, minha irmã, minha colega e as gêmeas nos divertimos bastante, até que por um descuido da minha irmã, Lobinha caiu do capu do carro, bateu com violência a cabeça no chão e ficou molinha, foi tudo muito rápido e ao mesmo tempo devagar, percebi que minha colega não tinha visto, que Caçulimha, a outra cachorra, estava feliz e que os olhos da minha irmã iam saltar da órbita se não fizessemos nada. Foi então que num momento de desespero trocamos os filhotes. Colocamos a ex-lobinha, ainda tonta, na caixa da minha coleguinha e a ex-caçulinha na minha caixa. Igual na novela Por Amor em que Helena trocou os bebês. Não foi fácil fazer isso, mas consideramos o fato de que minha amiguinha já tinha vários bichos de estimação: 3 cachorros, 1 pavão, 1 arara e 1 sobrinha.
Enfim, a nova Lobinha foi criada com muito amor, carinho e poucas maldades e faleceu alegre e banguela há 5 anos. A foto dela fica num porta-retrato aqui em casa, ao lado das fotos dos familiares.
Um ano depois da sua morte eu encontrei minha colega e já madura e nem um pouco arrependida contei toda verdade, rimos muito disso.
Ah! Quanto a Caçulinha, ela não morreu com a queda, inclusive a dona nunca notou nada de diferente com a bichinha, a última notícia que tive dela foi que conheceu um cachorro cigano e fugiu com ele, não sei se ela se envolveu com drogas, mas o fato é que nunca mais foi vista pelas imediações.

4 comentários:

  1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... sua ridícula, vc aumentou a história!!!! hushiushusihsuihsiush Nelsa Rubens!!!!

    ResponderExcluir
  2. kkkkkkkkkkkkkkkkk....velho,a cada post seu me torno mais fã....fico pensando no dia que nao tiver mais seu blog...o que sera de mim!

    ResponderExcluir
  3. kkkkkkkkkkkk...amoooooo suas histórias!!!!!!

    Renatinha

    ResponderExcluir