Um Balaio de Babados

Definitivamente não há nada mais animado na soterópolis do que conferir o show do Balaio. Além da super presença de palco e talento das integrantes da banda, os fãs da banda têm dado o que falar. No primeiro domingo, balaietes enlouquecidas, enlouquecendo a platéia com a incrível dança do chicote. Uma pena que os vídeos que eu gravei são proibidos para menores e impublicáveis. Mandy Huauá até tentou acompanhar os passos, mas depois emprestar as muletas para Tomatinho, tudo ficou mais difícil. E olha que Pereirão tentou estragar a alegria da galera e regulava os modos das balaietes.
De repente o bar inteiro começou a pedir pra vocalista do Balaio cantar:

- Bruna, Bruna, Bruna!!

Eis que aparece Pocoty Huauá, que já viu o Balaio tocar um zilhão de vezes e pergunta, com cara de quem tinha acabado de acordar:

- Quem é Bruna?

Isso minutos depois de dizer que iria contratar a banda pra tocar no seu aniversário.

Depois que Bruna cantou uma música, uma das balaietes, num vestidinho curto, azul, sandálias rasteiras e num gesto super sensual, se empolgou, levantou o braço direito e gritou:

- Você bota pra F#@$% P*%¨$!!

Me senti no meio da torcida do Bahia, na antiga Fonte Nova, assistindo Nonato marcar contra o time do Gama de Brasília. Só faltou o saco de mijo na cabeça.

Já no último domingo, não teve balaietes, mas em compensação, o grande momento da noite, quiçá do mês, ficou por conta de um amigo de Doidércia, que causou a maior confusão se recusando a pagar o couvert e acabou no camburão. Isso sim é Baphão! Ele colocou o dedo no rosto do segurança e gritou pra todo Rio Vermelho ouvir:

- Minha conta é trrrrrrrrreze reais e setenta centavos. Trrrrrrrrrrreze e setenta.


Após o bafafá, com tapa na cara e murro no olho, a harmonia voltou ao local e balaimos até tarde. Chato mesmo, foi ficar sabendo que aplicaram no bar e que alguém deixou de pagar 3 roskas de caju.