1 de setembro de 2010

A primeira Vingança a gente nunca esquece!

Para quem não sabe sou do signo de Libra com ascendente em Libra, uma coisa mais rara do que encontrar virgens de 18 anos na ladeira da Montanha, isso significa que mesmo depois dos 30 vou continuar deste jeito amado e pirracento. Para sempre. Esta característica rara e bela, faz de mim uma pessoa dramática e com alto poder vingativo.
Minha primeira vítima foi meu primeiro namoradinho sério, aos 14 anos, éramos do mesmo colégio e como ele sabia tocar violão muito bem, meu pai o contratou para me dar aulas particulares, só que música nunca foi meu forte, exige uma concentração que a minha hiperatividade mental e tagarelal não me permitem ter. A única música que consegui tocar no violão foi cai cai balão, um fiasco total. Nosso namoro era bem musical, ele tocava sweet child o mine do guns e me dava letras românticas do Legião. Nem preciso dizer que namorávamos escondidos. Ficamos menos de 20 dias juntos e fui passar um final de semana em outra cidade com uns amigos de infância. Antes de viajar ele me deu um chaveiro dourado com meu nome, disse que gostava muito de mim e que o chaveiro tinha custado R$4,00, que fofo!
O final de semana foi tão bom que voltei independente e solteira, só precisava comunicar isso a ele.
Marquei um encontro secreto para por fim aquele relacionamento, mas me surpreendi com a reação dele. Por que os seres humanos precisam de um motivo convincente para tudo? Ele não conseguia entender que eu não estava mais a fim. Foi ai que tive a péssima ideia de contar uma mentirinha boba para ele se conformar, falei que minha irmã tinha me visto com ele e que tinha contado para minha mãe que proibiu o namoro e ameaçou contar para meu pai. Lembro que ele me perguntou quantos por cento eu gostava dele e eu querendo agradar e achando que o deixaria feliz, fiz uma regra de 3, multipliquei o resultado por 100 e disse 40%. Ele desapontado disse que gostava de mim 200%. Acabei com aquela conversa e sai feliz, solteira e livre.
Eis que num belo domingo de sol, a campainha da minha casa toca e para minha surpresa era o dispensado. O que você está fazendo aqui? Vim falar com seu pai. Ele está? Fiquei totalmente sem ação, quis sumir. Não conseguia pensar em nada, minha mente bloqueou, foi quando meu pai apareceu e eles saíram para conversar. Meu mini ex voltou todo feliz e disse que voltaria à noite para conversarmos. Procurei por meu pai e percebi que estava com minha mãe no quarto, fiquei ouvindo atrás da porta. Ele questionava porque minha mãe não havia contado a ele, que eu era muito nova, imagina a confusão. Eu neguei tudo pra meu pai, neguei muito, mais do que Pedro negou conhecer Jesus.
Chamei minha fiel escudeira Sandra Djow e armamos a vingança. Havia uma janela na casa da minha avó que via a rua, mas quem estava na rua não via nada na casa, era lá que eu me esconderia para assistir ao derramamento de sangue. Peguei uma caixa vazia do Boticário e picotei todas as músicas, cartas e cartões que ele tinha me dado, peguei um pedaço de papel e escrevi a dolorosa frase: Meu coração por você. Enrolei o papel numa pedra, que dentro da caixa dava a impressão, por causa do peso, de que havia um perfume. Só não queria colocar o chaveirinho dourado com meu nome, era tão legal, mas minha amiga me convenceu a devolver tudo.
Dessa vez, quando a campainha tocou, eu já sabia que era ele. Corri para casa de Vovy, dividíamos o mesmo quintal, tão legal isso. Djow abriu a porta e o conduziu ao macabro local, de onde eu os assistia de camarote. Não sabia o quanto minha amiga era solidária a minha raiva, ela agiu com tanta crueldade, que parecia que era o seu pai que tinha perdido a confiança nela. Moca está muito feliz com a sua coragem, te mandou até um presente! Sério, que bom! Cadê ela? Está vindo, toma.
Ele cheirava a caixa e sentia o cheiro do meu perfume Thati, pobrecito. Quando abriu a caixa viu a tal pedra, jogou para cima e aparou sem ler o recado. Essa Moca inventa é coisa! Olha! Tem alguma coisa escrita no papel, mostrou minha amiga. Ele começou lendo alto e terminou bem baixinho. Foi ai que a ficha caiu. Os papéis picotados, a pedra. Já que ela está devolvendo tudo por que não devolveu o chaveiro? Devolveu sim, tá aqui ó. Tão sábia minha amiga. Lágrimas rolaram dos seus olhos e ele jurou nunca mais querer saber de mim. Quando ele saiu eu corri pra ver onde ele tinha jogado o chaveirinho, mas só encontrei os ferrinhos que antes formavam meu belíssimo nome.
O tempo passou e nossa amizade voltou, apesar de nunca termos tocado neste assunto. Agora ele é famoso e espero que nunca leia isso, afinal, não quero ser processada.

7 comentários:

  1. Kkkkkk... Adorei

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  2. Rapazzzzz.. to chocada... ainda envolvendo meu nome....
    E eu que achava que era a única vítima dessa peste...

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  3. rsss. eu sou sua amiga e não dele! te livrei de um monte de surra. mas afinal de contas, amiga são pra essas coisas. kkkkkkkk.

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  4. rsss. eu sou sua amiga e não dele! te livrei de um monte de surra. mas afinal de contas, amiga é pra isso mesmo. kkkkkkkk.

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  5. LEONARDOOOOOOOOOOOOO NEVESSSSSSSSSSSS5 de outubro de 2010 às 16:42

    Toque de timbaleiro. Sacudindo o mundo inteiro. Foi criado na Bahia Saudando os orixás. Com a força ijexá. Candomblé, reggae, magia. Toque de timbaleiro ...


    ADOROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!

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